terça-feira, 7 de janeiro de 2014

"Abriu a carta e leu..."

“ Abriu a carta e leu…”

As palavras mais amargas da saudade escritas com a poesia das lágrimas… Finalmente a angustia em que vivia imbuída por tanto tempo, findara de uma forma cruelmente doce... Sentada, no baloiço recorda o momento em que entregou a sua vida nas mãos do poeta que lhe encheu o olhar de sonhos e o sorriso de esperança. Era jovem, tinha um ar cândido e uma doçura que encantara qualquer ser humano. Assim que se olharam a primeira vez, amaram-se eternamente! Amaram-se intensamente! E para sempre… Aprendeu que não eram apenas os corpos que se amavam, mas sim que o encontro das almas lhe trazia a plenitude que há muito desejava sentir… O por do sol lentamente chegou. Colheu no jardim, amarílis brancas que tanto adorava e voltou a sentar-se no baloiço. Ouviu a melodia do silêncio. Nas suas mãos, refletem-se pedaços de luar, que deslizam pelo seu corpo, adormecido no tempo…    

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Nota:
Este texto foi realizado em exercício de escrita criativa, 2014.  

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