“ Abriu a carta e leu…”
As palavras mais amargas
da saudade escritas com a poesia das lágrimas… Finalmente a angustia em que
vivia imbuída por tanto tempo, findara de uma forma cruelmente doce... Sentada,
no baloiço recorda o momento em que entregou a sua vida nas mãos do poeta que
lhe encheu o olhar de sonhos e o sorriso de esperança. Era jovem, tinha um ar
cândido e uma doçura que encantara qualquer ser humano. Assim que se olharam a
primeira vez, amaram-se eternamente! Amaram-se intensamente! E para sempre… Aprendeu
que não eram apenas os corpos que se amavam, mas sim que o encontro das almas
lhe trazia a plenitude que há muito desejava sentir… O por do sol lentamente
chegou. Colheu no jardim, amarílis brancas que tanto adorava e voltou a
sentar-se no baloiço. Ouviu a melodia do silêncio. Nas suas mãos, refletem-se pedaços
de luar, que deslizam pelo seu corpo, adormecido no tempo…
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Nota:
Este texto foi realizado em exercício de escrita criativa, 2014.
Este texto foi realizado em exercício de escrita criativa, 2014.
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