quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Escrevo-te...

Escrevo-te em segredo
A fragrância do pecado
A deslizar pelas minhas palavras…

E como desejo beber do teu corpo,
A sombra da lua…


Rita Pea, 2014

JaZ

Jaz 
Aqui, neste instante 
o pecado que flui 
pelas pétalas do meu pensamento... 

Dissipa-se no silencio 
a poesia do teu corpo 
E
Nos meus lábios 
ávidos de fantasia, 
Desce a lua, o rio, o segredo inconfessável... 

Ter-te, pertencer-te 
a cada palavra, nua

para sempre... 


Rita Pea, 2014

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Tempestade

Para lá da minha janela, chove. Chove muito. 

O vento saiu à rua e apoderou-se das árvores, dos telhados das casas, dos carros, dos postes de electricidade e mantém-se imponente… Até a chuva se deixou envolver e estou diante de uma tempestade.

No entanto creio que a verdadeira tempestade está dentro de mim. 

É no mais profundo, no mais secreto dos meus sentimentos que reside o caos. Não é pretensão minha. Nem exagero meu. É que encontro nas palavras, um sentido. Um caminho. Uma voz, que subtilmente por agora se silencia…  


Rita Pea, 2014 

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Pedido

- Quero Amor! Não me importa se estás, aqui ou não. Estou cansado do teu corpo vazio de sonhos. Já não acredito na poesia do teu olhar…

- Então porque queres Amor?

- Perdi algures a plenitude. Preciso de recuperá-la para me reconstruir… Preciso reerguer o caminho das palavras, a ternura, o prazer de te ter em mim. Não me faças mais perguntas. Guarda-me em segredo. Guarda-me no silencio dos teus lábios, para sempre…


Rita Pea

05/02/2014