Sempre
desejei a nudez. Sempre quis a nudez do teu corpo e a nudez da tua alma.
Permitiste que te olhasse na vulgaridade da matéria, mas jamais concordaste que
mergulhasse na nudez da tua essência. O erotismo nunca passou de uma heresia,
de acordo com as tuas palavras. Eras mar e a minha sede nunca findou. Quanto
mais bebia mais vontade tinha de, me inundar de Ti. Este contraste de sóis
cativava o beijo que rompia as nossas sombras, em universos distantes.
Rita Pea, 2016
Rita Pea, 2016
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