Deitei-me lentamente sob o teu corpo,
Para saborear o vinho
que deslizava como um rio, na direcção dos meus lábios.
Ergueste a taça, para o brinde.
Degustei. Bebi.
Saciei a minha sede.
Era noite.
A lua embriagou-nos de desejo.
Devorámo-nos. Desfolhámos as palavras e os gritos.
Germinámos a esperança, mordemos o Sonho.
Deu-se o Holocausto.
A hora arrefeceu.
A alma renasceu.
Deu-se o Outono, nos meus versos…
Rita Pea, 2015